♫ ♪ ♫ Tomara que chova...3 dias sem parar ♫ ♪ ♫
E São Paulo se junta ao coro do Nordeste e do Rio de Janeiro quando canta com Emilinha Borba para pedir chuva.
Vamos ao coro?
♫ ♪ ♫
Tomara que chova
Tomara que chova
Três dias sem parar
Tomara que chova
Três dias sem parar
A minha grande mágoa
É lá em casa
Não ter água
Eu preciso me lavar
De promessa eu ando cheio
Quando eu conto a minha vida
Ninguém quer acreditar
Trabalho não me cansa
O que cansa é pensar
Que lá em casa não tem água
Nem pra cozinhar
Tomara que chova
Três dias sem parar
Tomara que chova
Três dias sem parar
A minha grande mágoa
É lá em casa
Não ter água
Eu preciso me lavar
De promessa eu ando cheio
Quando eu conto a minha vida
Ninguém quer acreditar
Trabalho não me cansa
O que cansa é pensar
Que lá em casa não tem água
Nem pra cozinhar
O que fazer com tanta água querendo entrar?
São as ruas que se enchem e ninguém podendo andar.
Jogado daqui pra lá é o lixo que insiste em voltar.
É tanto sofá, tanto colchão flutuando na correnteza e eu sem lugar seco para deitar.
Embalagens, frascos, latas flutuam num passeio de vai e vem.
E eu aqui parada tentando me salvar!
O gato já se foi, correndo para não se afogar.
Em meio a tanto entulho, frutas e legumes dançam desordenadas em meio a água das cheias que as teimam carregar.
A compra do mês embolorou e a roupa estragou.
Com tanta água suja nada se salvou.
Ir trabalhar não vai dar não: o transporte não vai funcionar.
O ônibus não vai chegar, o metrô vai parar e o trem vai encrencar.
Os carnês ainda estarão molhados quando for pagar, mesmo que a geladeira e o fogão tenham saído para boiar.
Agora é esperar toda água abaixar.
Tem muita lama para arrastar, e o que sobrou para limpar.
E torcer para que na próxima menos lama venha me encontrar.
Tanta água na rua e a minha torneira seca sem pingar!
Sem água para beber, para limpar, ou cozinhar.
Em breve vai chegar minha conta d'água para pagar.
É certeza que irão me acusar de ter gasto toda a água que ainda vai faltar!
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Ol@s...
ResponderExcluirConsiderei que no dias dos 461 anos de Sampa seria um bom presente. A marchinha de Emilinha Borba é um clássico e retrata como nunca o que estamos vivendo agora. Aí não resisti e escrevi o restante do post usando a mesma lógica de construção da marchinha.
Foi irresistível! Rs,rsrsrsrsrsr
Abs e divirtam-se!
Que bom que você não resistiu!!
ResponderExcluirObrigada por compartilhar seus "devaneios da chuvarada" conosco! ;-)
Um abraço.
Olá Eliana!
ResponderExcluirDepois de um ano em que faltas, racionamentos e não-racionamentos de água fizeram parte da rotina na capital paulista, era de se esperar que a modinha re-aparecesse. Apareceu a chuva, e com ela, as inundações e deslizamentos anuais do verão brasileiro. Sim, pois é uma constante anual, com água ou sem água nas torneiras, haverá chuvas e inundações. O trânsito vai parar, o morro virá até a avenida, etc. Já nem aparece tanto nos noticiários, assoberbados com escándalos e corrupção.
E historicamente, o povo que se vire como puder. O Papa já tem problemas suficientes sozinho!
Quem sabe, desta vez, a água acaba levando, além de móveis, casas e sonhos, um pouco dessa lama moral que nos cobre a todos.
Olá Eliana e demais ....
ResponderExcluirótima reflexão!!!
Seria ótimo mesmo Lionel se essa chuva levasse um pouco dessa lama moral que nos cobre a todos.
Mas penso que essa lama só será lavada com "chuvas de conscientização política"...
“De começo stava a pensaire”-(sic) que a postagem era uma demonstração de alegria pela insanidade do Carnaval em uma Sociedade moralmente empodrecida. As manchetes dos jornais do dia-(24/02) mostram de um lado, fotos da Batalha do Cracódromo de São Paulo e as fotos coloridas e efusivas dos preparativos carnavalescos em todo Brasil.
ResponderExcluirTristes tempos em que pensava existir uma “reserva moral no meio do povo” para reagir a tantos “desvios de condutas”.
Errei!.
O Papa comentou com sabedoria sobre os “ateus sinceros” e os “cristãos hipócritas”.
Se estamos pagando muito, hoje, por tamanho descompromisso político, esperem pela “cobrança do amanhã”, que virá, quer queiramos ou não.
Não é necessário ser Profeta do Apocalipse.
Pensando melhor, a postagem retrata com fidelidade o “estado de lama” causado pelas chuvas, inevitáveis, mas somente se esquece do “estado de lama” gerado pela nossa sonolência política.
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