28 de jan. de 2014

Consumidores ou Coletores de Informação?

Por: Eliana Rezende

Será que pensar dói? Será algo incapacitante?
Tome o tema como uma "provocação" sadia...
O ponto de partida do autor Neal Gabler, da Universidade do Sul da Califórnia é uma constatação desconcertante: vivemos em uma sociedade vazia de grandes ideias, leia-se, conceitos e teorias influentes, capazes de mudar nossa maneira de ver o mundo.

Em sua argumentação, nós anteriormente coletávamos informações para construir conhecimento. Procurávamos analisar e explicar o que havia à nossa volta. E a partir daí construíamos grandes ideias: conceitos e teorias capazes de mudar a compreensão do mundo.

Em sua perspectiva, o que vem inviabilizando a produção de conhecimento é exatamente o excesso de informação. Numa inversão não muito qualitativa, substituímos a produção de conhecimento pelo excesso de informação. Em contrapartida, tudo o que não pode ser rapidamente transformado em lucro é abandonado rapidamente.


Quando li este artigo em um voo, fiquei pensando em todos os temas possíveis e prováveis que o autor levantou em apenas uma página.
Daria muitas discussões. Por isso, meu "desafio provocativo".

Não pude parar de pensar sobre o que temos hoje em potencial tecnológico e o quanto estamos "limitados" quando comparados aos grandes revolucionários do pensamento ocidental. E aqui não precisamos retroceder toda a história da humanidade. Podemos ficar apenas com a produção intelectual dos séculos XIX e XX.

A ideia de termos nos transformado em consumidores de informação parece ser procedente; hoje em dia a urgência informacional por quantidades abissais de informação, parece levar ao fosso da limitação e exteriorização de ideias.

Defrontamo-nos cada vez mais com uma nova demanda que é a de saber como lidar com tanta informação. Caberá iniciarmos um processo que levará outras tantas décadas que é o de saber lidar interdisciplinarmente e compartilhadamente com essa grande massa informacional que tem possibilidades de transformar-se em conhecimento e inovação.
Quem viver verá!

Fico normalmente do outro lado, em muitos casos oriento trabalhos de Pós-Graduação e é muito usual perceber que os alunos procuram sempre um caminho mais curto ou cômodo. É bem verdade que não temos vida fácil, sempre com múltiplas tarefas e funções. Mas é absolutamente necessário e imprescindível parar, pensar... refletir.


Sempre procurar a interlocução: seja com quem está ao nosso lado, seja um autor de décadas ou séculos atrás. As formas de questionar e pensar o mundo ainda devem nos mover curiosamente em várias direções. Nem o mundo, nem as respostas estão prontas!

O conhecimento nunca é algo fechado e hermético. Está sempre em constante evolução e construção. Por isso, espaços de troca como estes (leia-se blogs, Grupos de discussão, etc.) são tão importantes!

De outro lado, e aqui mais um ingrediente colocado:
Um dos grandes problemas para a produção e profundidade de ideias está ligado a uma certa tendência à passividade ou comodidade frente ao dado.

Frequentemente notamos essa comodidade no formato de divagação frente à uma tela, por exemplo.
Temos formado uma geração passiva frente a ecrãs, onde a maior rapidez conseguida está nas teclas digitadas. E estas, quase sempre, para redigir simples fonemas ou  emoticons (série de caracteres tipográficos para exprimir sentimentos e estados de espirito).

Considero que o excesso de estímulos faz isso com as pessoas quase que sem se aperceberem disto:  há sempre uma quantidade muito grande de informações, mas que plainam sobre uma superfície. São horizontais e quase nunca se aprofundam ou verticalizam. A profundidade em geral é a de uma lâmina. 
Haja visto hoje em dia a proliferação de textos curtos, enxutos já que o leitor não consegue ficar muito tempo atento se a leitura exigir um número maior de parágrafos e ideias...

Costumo sempre repetir aos alunos que no caso de uma investigação de pesquisa, o mais importante não são quantas perguntas se faz a um objeto, mas sim quais são estas perguntas. 
Em todo processo de análise criativo e de produção de conhecimento, o como é muito importante. 
É deste como que a problematização se faz. É ela que revela qual o valor do que produzimos. 
É inegável que por onde o mundo caminhou não há mais volta.
Creio que não queremos voltar a nada, antes, contudo, queremos resgatar algumas coisas que ficaram lá atrás.

Lia outro dia e pensava exatamente sobre a dita robotização (do sérvio, escravidão) do mundo.
A tecnologia e todos os seus recursos são fantásticos, mas não podem (ou devem?) gerar dependência, nem escravização. O Homem é um ser pensante em sua essência e é preciso estimular esta capacidade de interlocução, questionamento, crítica (análise) construtiva, pensamento por conexões.
Infelizmente tem-se delegado às ferramentas tecnológicas esta "labor". 

Como estimular sem ser retrógrado?
Acho que uma das formas é simplesmente pensarmos por nós e "contaminarmos" quem estiver à nossa volta. Instigar, gerar curiosidade e aceitar a recíproca!

Veja, não se trata de provocar criticamente de forma desrespeitosa, mas simplesmente instigar com a intenção de crescer e fazer crescer a consciência crítica em nós e nos outros.


As vias possíveis, acredito, sejam a busca de um enriquecimento de repertório feito do que gostamos e até do que não gostamos (não podemos analisar e criticar o que não conhecemos!), abandonar alguns "pré-conceitos" e deixar que o outro venha ao nosso encontro com suas ideias e perspectivas.

O espaço de um grupo de discussão ou de um blog, como este, por exemplo, pode ser riquíssimo!
Apesar disso, algumas vezes vejo Grupos e Blogs preocupados em apenas jogar novas informações e deixam de ir ao ponto mais rico de tudo: aprofundar discussões! Incentivar os Debates e instigar a que novas ideias se produzam.

O dito "conhecimento" parece ser coisa fácil de alcançar: algumas tecladas no Google parecem satisfazer a maioria. Mas volto a dizer: o que temos muito fartamente são informações sem filtros, critérios ou profundidade. Conhecimento é outra coisa! Conhecimento não é Informação.
O mundo contemporâneo tem se satisfeito em fazer tabula rasa de quase tudo e em especial o que se refere ao conhecimento.

Conhecimento é alguma coisa que "custa"!
Custa empenho, esforço, dedicação pessoal. E num mundo onde o consumo e a pressa se alinham parece que há um certo descompasso em sua busca.

Mas como gosto de dizer: ainda acredito muito nas pessoas e vejo que não podemos generalizar. Há sempre aqueles que nos fazem crer que ainda vale a pena instigar... e ver "crescer"! 

17 comentários:

  1. Muito boa reflexão, Eliana. Eu lido com uma área, a chamada cultura pop japonesa, que é uma das maiores impulsionadoras de pesquisas no Google. Centenas de garotos criam blogs que copiam e colam outros blogs ou juntam fragmentos de informação e notícias desenfreadas sobre filmes, desenhos, quadrinhos, seriados e jogos. Mas lá atrás, uns 20 anos mais ou menos, era extremamente difícil levantar informação sobre esses assuntos. Pra escrever meus artigos e notas, tinha que ler revistas americanas, japonesas, procurar ajuda com tradutores (ou pelo menos quem sabia idiomas melhor do que eu), ligar para colecionadores, checar bibliotecas e hemerotecas. Era um trabalho de garimpo. Cruzar fontes, estabelecer ligações, organizar dados. Dava um trabalho danado e vira e mexe, descobria que tinha checado fontes imprecisas sem conseguir cruzar aquela informação com outra fonte. Hoje, qualquer um acessa uma quantidade enorme de informação com alguns cliques. E o que vejo é a grande maioria de blogueiros copiando textos, ou apenas regurgitando coisas ditas sempre de forma igual. O excesso de informação parece que cria mais ansiedade por consumo e vai minando a capacidade de formar conceitos. Não se pensa tanto sobre um fato, apenas se passa ele adiante. Ou então apenas "curte" ou xinga alguma opinião, sempre com extremos, sem sutilezas. Às vezes, acho que tudo ficou fácil e superficial demais.

    Sim, vale a pena instigar a pesquisa, a formação do conhecimento e o desenvolvimento de conceitos e opiniões embasadas. É nisso que acredito e por isso vou divulgar seu texto, bastante inspirador.

    Abraço!



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    1. Ol@ Ale....
      Que bom vc aqui e comentando! Ajudando a tornar o texto mais amplo e profundo.
      Exatamente isso: hj com todas as facilidades que temos e possibilidades de ir mais longe e mais fundo, temos uma situação estranha que exatamente o nivelamento pelo mais raso possível.
      Colar e copiar uma regra e quase sempre toma-se o dito como dado.
      E aquela que era a oportunidade de dar o salto qualitativo adormece apenas como mais uma ideia copiada e reproduzida.
      É pena....
      E foi por isso que trouxe o tema. É preciso pensarmos não apenas sobre os outros e o que eles tem feito, mas tbm o que nós mesmos temos feito.
      Obrigada e estou aqui te esperando para irmos além
      Abs

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  2. Investigar e informar son tareas que han de mantenerse a pesar de vivir en un mundo tan tecnificado. La misma manera de tractar el seguimiento en la red: de webs, blogs, etc se hace basado sobre todo en elementos cuantitativos recogidos mecánicamente. Sin un análisis posterior por un documentalista formado para ello esos datos cuantitavos por sí solos o sin interrelacionarlos con diversos puntos de vista no tienen sentido.
    Pero para mi el gran problema que tendremos mañana, no muy lejano, es que las nuevas generaciones han nacido en el entorno audiovisual y digital. Los lenguajes que utilizan esas tecnologías a la hora de comunicar potencian, como ya han reconocido neurólogos y psicólogos y visto en la práctica pedagógos, una actitud pasiva, que conlleva por una parte el abandono progresivo de la lectura y por otro lado el limitar la capacidad reflexiva en tanto que vive más de la acción que de un mensaje. Por ejemplo, seguramente sería difícil encontrar en un videojuego la presentación de una cuestión filosófica e incluso ética; en todo caso, el efecto es el contrario: matar el máximo de enemigos, destruir el máximo de obstáculos cuales sean; y eso sin que en ningún momento se cuestione si tales acciones son positivas; sólo hay eliminar, matar para ganar, siendo éste el único objetivo.
    La sobreinformación es un problema grave, pero aún pienso que es más grave dejar que se fomenten elementos tecnológicos que nos alejan de la base fundamental del ser humano: el razonar y hacerlo desde el compromiso con la sociedad, es decir con la ética de la mano,
    Tenemos que mantener el hábito de la lectura en el mundo analógico (papel) es la forma que realmente permite la reflexión, pero ante todo mantener el hábito de la lectura. Luego hemos de luchar para que el razonamiento crítico sea un instrumento fundamental en el proceso educativo y en este campo además introducir la crítica a los medios tecnológicos o al menos enseñar a descodificar sus mensajes o su ausencia directa de mensaje, que conlleva otro mensaje por omisión; en el caso de los juegos mencionados, diría: todo está permitido para conseguir el fin.

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    1. Olá Jaume...
      Que boa tua contribuição!
      Vc tem mesmo razão: nossa civilização tem cada vez mais cedo se rendido aos usos tecnológicos desde a mais tenra infância e deixa de desenvolver aquilo que dá a essência ao humano: ética, razão, pensamento crítico etc.
      Nossas crianças tem aprendido cedo demais a ter uma linguagem cada vez mais fone´tica e visual. Atenção e concentração parecem ser artigos de luxo, e em algumas circunstancias, incentivam apenas sobrevoos rápidos à tudo.
      Sim Jaume... temos que continuar ler, pensar e usar a razão.
      A Informação por si só são dados... e estes sem o uso da razão não servem para absolutamente para nada!
      Abs e muito grata por tua contribuição

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  3. Eliane, você foi muito feliz em seu comentário. Corroboro cada parágrafo; frase e palavra digitada (no passado, escrita). Temos que aprender mais a conviver com a Tecnologia da Informação - TI. Temos que ter cuido para não sermos consumidos por ela (TI); temos, sim, que saber usá-la, sem ser dependentes dela. O "pensar" é uma ação necessária ao progresso do ser humano em busca de uma melhor qualidade de vida; O "informar" é uma ação que o ser humano necessita, para "pensar" cada vez mais rápido e melhor em busca da qualidade de vida. Parabéns pelo seu artigo
    Abraço

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    1. Ol@ Adriano...
      Que bom vê-lo por aqui. E o que é melhor: ajudando a somar e acrescentar!
      Muito obrigada pelo teu incentivo!
      Devo confessar que foi um post que deu um certo trabalho de costura.
      É um tema que muito me interessa e incomoda e acho que merecia ser levado à debate.
      Como disse acima ao Alê, tomar o dado como fato e estar passivamente na posição de apenas consumir precisa ser repensado.
      Veja o que o Jaume disse sobre como as crianças desde muito cedo estão aprendendo apenas a apertar botões e deixando o uso da razão e ética para trás.
      Abs e grat@

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  4. Bom dia pessoal. Fico na dúvida se estamos tendo muita informação, ou apenas uma explosão de dados e fatos, ou seja, estamos tendo uma enxurrada de "não-informação". Com medo de ficar desatualizado e na busca de acompanhar as enxurradas de teorias que todos os dias são expostas pelos “gurus” do conhecimento, muitas pessoas começam a desenvolver sentimentos de ansiedade e frustração, em conseqüência da incapacidade de absorverem toda a quantidade de informações que julgam necessárias. O ser humano precisa aprender a coletar, selecionar e contextualizar a informação
    Abraços

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  5. Olá Edmur...
    Informação temos à fartar!
    O problema o que se faz com ela.
    Informação em profusão, de fato, não serve para nada. Só após um trabalho pessoal ela pode levar a pessoa à produzir conhecimento.
    Se nada for feito ela será simplesmente descartada e substituída pela próxima.
    O que ocorre em geral, é que as pessoas não fazem o restante do trabalho com a informação que é transformá-la em algo mais aprofundado e reflexivo.
    Abs e volte sempre!

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  6. Cara Eliana
    São muito pertinentes suas reflexões. Eu acho que vivemos uma época em que a informação se transformou em uma espécie de artigo de moda, em que o que vale é ter a informação e poder descartá-la tão logo haja algo novo. Hoje o conhecimento e tudo que implica buscá-lo deixou de ser valor, mas estar por dentro das últimas novidades é o que faz as pessoas se sentirem parte de alguma coisa. Penso que o desafio para pessoas como nós que lidam com a formação e o conhecimento - e com mentes jovens - é convencer os estudantes de que existe um outro caminho que vale a pena. A facilidade dos jovens em identificar e encontrar as informações impulsionada pelas tecnologias não é um mal em si mesmo, mas eles se sairiam melhor se percebessem o que podem fazer com a informação que tem nas mãos. Por isso também acho que a educação está mais atual do que nunca.
    www.temasetomos.blogspot.com

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  7. Eliana! Obrigada pela nova postagem no blog. Você levantou várias questões importantes.
    1 . A sobrecarga de informação. Na Rússia ós têm organizado um grupo especial no Facebook "Higiene de Informação", onde coletamos os conselhos de psicólogos , IT--profissionais como para evitar entupimento próprios cérebros de ruído informacional que nos rodeia.
    Outro problema é que muitas pessoas tornaram-se fisicamente dependentes da Internet . Quando Internet desconectado, eles experimentam quase o mesmo de ruptura, como as pessoas que dependem de tabaco, álcool e etc
    2 . Outro problema é a literacia da informação e meios de comunicação. Consciência de clipe não permite ao geração mais jovem para analisar, comparar, tirar conclusões, uma profunda compreensão do texto. Já, a geração média prefere textos curtos com fotos. O homem não é capaz de distinguir informação falsa da relevante. Há dois anos que UNESCO tem desenvolvido um programa excelente de literacia da informação e meios de comunicação para os professores que trabalham com crianças de diferentes idades.
    Então, temos de aprender os todos dias.

    Boa sorte para todos!

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    1. Olá Lyubov....
      Os temas que vc cita de fato incomodam-me muito e além desse post tenho mais uns quatro que trarão estas discussões.
      O que vejo é que é uma preocupação do tempo em que vivemos.
      De um lado é bom, indica que não estamos sós. De outro preocupa, pois indica um sentido de epidemia...
      Muito grata pelo comentários e te espero para os demais que se seguirão!
      Abs

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  8. Olá Eliana: gostei muito deste novo post no Blog! Temos de facto acesso a muita informação e é necessário filtra-lá. Creio que há muitos anos que a maioria das pessoas procuram o mais fácil e foram induzidas para tal, nasceram os "resumos" dos livros, os "digest's" dos artigos,.. E esta é apenas uma vertente! Quanto aos alunos que buscam o mais fácil, pois é bem verdade o que diz, mas também vivem numa sociedade onde o que é preciso é ter o grau, o título, quanto ao resto, a produção de conhecimento, de conhecimento novo, não interessa... O mais fácil passa também muitas vezes por utilizar metodologias comuns de pesquisa ao invez de outras mais participativas... Mas isso é outra história ;-)

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    1. Olá Véronique...
      Muito grata pelo teu comentário tão rico!
      Acho que é nesse universo que temos a figura do curador de conteúdos e seu papel tão primordial em tempos de excesso.
      Em breve me concentrarei nesse tema e conto com tdos para ampliar esse olhar sobre o tema
      Abs e volte sempre!

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  9. muito bom!!agora te faço outras perguntas: ler cansa? será por falta de tempo?

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    1. Olá Andréia...
      Acho que não minha querida.
      Cansamos por não termos motivação, objetivos ou interesses.
      Havendo os três todo o resto é uma consequência feliz ao mesmo tempo que criativa.
      Penso sempre na leitura como um diálogo entre leitor e escritor, onde quem lê sempre está perguntando algo... sempre está à procura de respostas. Se não existirem a passagem pelo texto será superficial, com baixo aproveitamento.
      Abs

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  10. Oi Helena,

    Parabéns pela Reflexão, é preciso começar a chacoalhar alguns conceitos sobre aprender, selecionar e utilizar de forma racional essa informação.

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  11. Muito boa esta reflexão. Pensar dá muito trabalho. Ao tornar as pessoas como objetos das inovações tecnológicas, inovações que são fantásticas e úteis, aliado a uma forma de capitalismo que impõe um comportamento consumista, tem como consequência o empobrecimento da criatividade. O discurso empobrece e as relações humanas não ultrapassam o trivial do contato, este, superficial.
    O imediatismo da relação com o tempo faz também, o medo de envelhecer. Isso vai contra o que sempre nos convoca: estar sempre a par do novo. Esquecem que velho não é sinônimo de ultrapassado e sim, aprendizado. Os livros são abandonados (exceção àqueles de leitura fácil que "responde" de forma fácil os problemas - vazios de conteúdo) ficam à míngua, como coisas do passado. O antes é ultrapassado.
    A situação é grave porque compromete tudo. Vemos repetições como inovação, falta do senso crítico e discursos sem produção qualitativa.
    Com as redes sociais, podemos nos comunicar mais com pessoas de qualquer parte do mundo. Mas, do que vale se não sabemos usá-la qualitativamente? privilegiamos a quantidade. A solução não está nas ferramentas tecnológicas e sim nas pessoas. As pessoas, uma mudança de atitude, é a solução. Por enquanto, todos consomem no fakebook!
    Abraço Eliana!

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