Uma alma que gosta da chuva
Por: Eliana Rezende
A voz da chuva acalenta meu espírito, tranquiliza meus olhos e afaga meu coração.
O seu som preenche cada canto recôndito do meu ser e dá-me a companhia mais que desejada.
As gotas que chegam uma a uma e que, rápido são uma multidão oferecem sons ao meu silêncio.
Preenchem sem encher, silenciam para dar eco ao que vem de lá de dentro.
Sempre acho que minha alma é outonal.
Gosto de dias molhados, chuva miúda, água encharcando a terra e dando mais verde à paisagem, gotas que respingam e desenham vidraças que emolduram. Tudo fica enquadrado... e calmo...
Gosto das folhas e dos tons de outono e da forragem que oferecem à paisagem. Casadas com a chuva, molham a terra e fornecem uma composição perfeita de tons e odores.
Entorpecem os sentidos, acomodam vontades, liberam prazeres.
Gotas que lavam o céu ao mesmo tempo em se se desabotoam sobre a terra.
O silêncio fica então cheio de elementos e sensações, uma sinfonia que ganha notas ora metálicas, ora graves a cada gota que encontra resistências: pedras, baldes, troncos, bancos, pisos....
O espaço desta composição em notas molhadas e folhas caídas é o lugar onde guardamos nossa alma e nos enchemos do silêncio de seu canto.
É só saber ouvir tanta harmonia!
________________________
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Trílogo (dos amantes e da poetisa)
Telhados de Lisboa
Chá Preto
Quadro impressionista
Infância roubada
Tempo: valioso e essencial
*
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Twitter: @ElianaRezende10
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O seu som preenche cada canto recôndito do meu ser e dá-me a companhia mais que desejada.
As gotas que chegam uma a uma e que, rápido são uma multidão oferecem sons ao meu silêncio.
Preenchem sem encher, silenciam para dar eco ao que vem de lá de dentro.
Sempre acho que minha alma é outonal.
Gosto de dias molhados, chuva miúda, água encharcando a terra e dando mais verde à paisagem, gotas que respingam e desenham vidraças que emolduram. Tudo fica enquadrado... e calmo...
Gosto das folhas e dos tons de outono e da forragem que oferecem à paisagem. Casadas com a chuva, molham a terra e fornecem uma composição perfeita de tons e odores.
Entorpecem os sentidos, acomodam vontades, liberam prazeres.
Gotas que lavam o céu ao mesmo tempo em se se desabotoam sobre a terra.
O silêncio fica então cheio de elementos e sensações, uma sinfonia que ganha notas ora metálicas, ora graves a cada gota que encontra resistências: pedras, baldes, troncos, bancos, pisos....
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Eliana, há chuvas e chuvas, tantas quantas sejam nossas impressões e arranjos de memórias.
ResponderExcluirEnquanto ela cai lá fora, a gente se recolhe cá dentro e, confortavelmente, pensa, sente, lembra...
Essa é minha experiência também.
Grato pelo belo texto poético!
Eu também gosto da chuva. Ela me remete à calma interior, ao meu eu. Amei o texto.
ResponderExcluirMe faz lembrar a infância e como, através do amor, aprendi a apreciar a natureza. Nunca tive medo de trovões, nem tempestades, e sabia parar e meditar na janela, me deixar hipnotizar pelas gotas caindo, me assombrar com as gotas que caem em forma de pedras, ouvir o cantarolar macio da chuva mais mansa. Amor não é encher as crianças de presentes caros, nem abusar de violência para impor limites. O que realmente nos ensina a ser pessoas melhores é a partilha de dádivas que não podem ser compradas.
ResponderExcluirA querida Eliana não é só cérebro em ação... é coração que sente, e como sente apaixonada!!!
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