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Chamem o carteiro: preciso de boas notícias!

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Escrito e lido por: Eliana Rezende  Ouça eu ler para você (escolha a opção abrir com:  Music Player for Google Drive) Em que ponto, em que rua ou travessa de sua existência seu carteiro parou? Sim, aquele personagem que o visitava todos os dias, mas não com faturas de contas ou boletos bancários, cobranças várias, mas sim, aquele que lhe trazia notícias de longe? Aquele que por anos a fio visitava toda a sua rua e conhecia cada morador por nomes, hábitos e caligrafia? Incrível como o tempo e as tecnologias nos afastam de alguns personagens urbanos. O carteiro era destas figuras que por largos tempos eram esperados todos os dias de forma ansiosa num misto de muitos sentimentos. Às vezes havia euforia, risos, contentamento, outras tantas tristeza, preocupação, melancolia, saudades... Sua vinda representava que alguém em alguma parte havia tomado tempo de suas horas e nos dirigido palavras... muitas carregadas de emoção. Algumas noticias chegavam acompanhadas de pequenos

Você ainda escreve cartas?

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Por: Eliana Rezende Provavelmente a resposta é: "parei faz um tempão!" Mas houve um tempo em que as cartas possuíam um ritual de produção e atenção. Lembram-se dos envelopes que continham perfume? Pois é... novos tempos. Mas e agora? As formas de escrita sempre encontraram diferentes suportes e as cartas tal como os diários, representam uma forma de escrita ordinária onde imprime-se com o que se sente. A relação com a escrita neste caso específico é uma relação tátil e de afetos. Sob esta ótica, era ritualística e envolvia um tempo cíclico composto de começo, meio e fim. Exigia uma composição que ia desde a escolha do tipo do papel, a tinta, o cunhar as palavras de próprio punho, a busca de um envelope que não alterasse a forma de dobras e, óbvio: filas nos correios, compra de selos, o uso das colas e finalmente o encontro com uma caixa que servisse de fiel depositária até que esta encontrasse seu destinatário. O recebedor da carta inspecionava quem lhe h