Em Tempos de Tintas Digitais: Escritos e Leitores - Parte III
Por: Eliana Rezende Este post encerra a série sobre escritos e leitores em tempos digitais. Longe de significar uma conclusão, coloca-se como sendo intenções de apontamentos impressos à tinta. Você pode conhecer melhor toda a série de artigos seguindo os pontos destacados no texto a seguir. O século XXI está assistindo um ponto onde nossa sociedade coetânea passa pela dessacralização da escrita contínua, linear e exerce características intertextuais , que se fragmentam em múltiplos sentidos. Até o advento da web, o universo de produção da escrita era tangível. Poderíamos mesmo chamá-lo de analógico, pois encontrava nas palavras a forma máxima de sua expressão. As palavras nominavam ideias e ganhavam nas tintas impressas seu poder de materialização onde o dito e pensado vinham à existência, corporificavam-se. As entrelinhas eram caminhos extras para inquirir e perscrutar o passado, o dito ou escrito. Teciam possibilidades a partir do não dito. Ofereciam descanso