Quadro impressionista
Por: Eliana Rezende
Teus escritos lido depois de algum tempo compõe para mim um retracto.
Retracto de tons que não são os meus... sombras e rascunhos de paisagens conhecidas e reconhecidas pela familiaridade com o tema, mas nunca realmente vividas em sua totalidade.
Um quadro impressionista, talvez...
Como espectadora diante de uma tela pintada por outro artista resta-me apenas e tão somente impressões.
Vejo nele o retracto do que é o teu viver... do que é tua vida construída ao lado de outrem. Reservo-me o direito de questionar-me sobre o lugar de um espectador em uma tela pintada em um outro tempo.
Qual é o poder de persuasão sobre o artista? Como interferir nas motivações e inspirações para um quadro “tão perfeito”?
Qual o espaço para o espectador? Onde entra ele? Será ele apenas um consumidor? Ou terá um dia alguma influência sobre as obras futuras? Aquelas que não passam de esboços “rascunhados” no calor do contacto entre pintor e espectador e que teimam em não desbotar nem desaparecer sobre um suporte nobre, de características duráveis, mas que se recente pelo tempo e pelas condições a ele submetidas.
Realmente não sei das respostas. Queria tê-las!
Escrito por Eliana Rezende - Lisboa,2001
Tê-las significaria poder acreditar que os tons e as temáticas podem ser transformados a partir da “troca” entre artista e espectador...
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Lisboa
Lisboa
Teus escritos lido depois de algum tempo compõe para mim um retracto.
Retracto de tons que não são os meus... sombras e rascunhos de paisagens conhecidas e reconhecidas pela familiaridade com o tema, mas nunca realmente vividas em sua totalidade.
Um quadro impressionista, talvez...
Claude Monet (1840-1926) Ponte Japonesa |
Como espectadora diante de uma tela pintada por outro artista resta-me apenas e tão somente impressões.
Vejo nele o retracto do que é o teu viver... do que é tua vida construída ao lado de outrem. Reservo-me o direito de questionar-me sobre o lugar de um espectador em uma tela pintada em um outro tempo.
Qual é o poder de persuasão sobre o artista? Como interferir nas motivações e inspirações para um quadro “tão perfeito”?
Qual o espaço para o espectador? Onde entra ele? Será ele apenas um consumidor? Ou terá um dia alguma influência sobre as obras futuras? Aquelas que não passam de esboços “rascunhados” no calor do contacto entre pintor e espectador e que teimam em não desbotar nem desaparecer sobre um suporte nobre, de características duráveis, mas que se recente pelo tempo e pelas condições a ele submetidas.
Realmente não sei das respostas. Queria tê-las!
Escrito por Eliana Rezende - Lisboa,2001
Tê-las significaria poder acreditar que os tons e as temáticas podem ser transformados a partir da “troca” entre artista e espectador...
Vicent van Gogh (1853-1890) Noite Estrelada |
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